Mais um dia de muito bate-papo, partilha de estórias, leituras e discussões. As crianças da escola municipal professor Lima Cordão reuniram-se neste último sábado, 28 de setembro, entre nove e dez horas, na biblioteca, para mais momentos de leituras, diálogos e aprendizagens. E o “palco amarelo” tem um sido um lugar mágico e estimulante para as crianças partilharem suas narrativas do “caderno do escritor”. Neste sábado foram partilhadas as histórias: A cobra e a raposa, de Thaline Beatriz de Sousa, Maria e seu amor por João, de Maria Eduarda, e, A menina jogadora, de Kauan Railson (confira-as no Caderno do escritor).
Muito bom observar essas crianças ocupando uma biblioteca para sua real função: leituras, pesquisas e aprendizagens. Esta é a filosofia do projeto LEITURA É VIDA, parte da ação extensionista do Humanismo Caboclo, “Leituras e descobertas do mundo”.
A estudante Thaline Beatriz de Sousa, de dez anos, inicia seu caderno da escritora com a seguinte epígrafe: “Ler é muito bom para a vida toda. Quando eu comecei a ir para o projeto de leitura, eu comecei a ler muito bem e tomara que eu continue assim”.
Ela e mais outras estudantes interrogaram o professor William Feitosa se poderiam tomar livros emprestados. Este explicou que elas precisariam conversar com a diretora pois a escola ainda não tem um sistema de empréstimos. William comenta que a função de uma biblioteca na escola é “criar o interesse, o gosto pela leitura, ajudando em seu processo de alfabetização (para crianças nessa fase), como em outros processos de aprendizagem em sua vida escolar. Considera-se também um primeiro espaço que a criança tem para pesquisa e descobertas no campo cultural e científico”.
O Humanismo Caboclo destaca que a Universidade Estadual do Piauí possui o único curso de Biblioteconomia do Piauí e que seus estudantes poderiam contribuir com as bibliotecas das escolas municipais como estagiários. Segundo a estudante de Biblioteconomia, Erllen Válery Sousa Duarte (extensionista do HC), “dentro do ambiente escolar a principal importância da biblioteca é trabalhar fortalecendo o projeto pedagógico da escola, atuando com atividades complementares às da sala de aula, criando ambientes que auxiliem no desenvolvimento do aluno”.
Além disso, a SEMEC poderia contratar bibliotecários para estruturar e animar as bibliotecas de suas escolas. Nunca é demais lembrar a ideia de Monteiro Lobato: “quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”.
Por Luciano Melo
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