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BRISAS DE EMOÇÕES NUMA BIBLIOTECA A CEU ABERTO

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Neste final de semana, em meio aos ventos de junho, fomos banhados por brisas de emoções. (Já expliquei que nosso projeto não é uma simples biblioteca). As gêmeas Maria Luiza e Maria Laura retornaram depois de alguns finais de semana ausentes (não há recriminação em nossa rotina). Vinham tão contentes para viver aquela hora conosco. Sorri sem querer e meu coração aqueceu-se de alegria! Seu irmão Dário também retornou. Estava gripado e triste. Não quis falar. Lia com esforço. Convidei para jogar. Abriu-se um sorriso.

Maria Luiza retornou também. Sua avó veio deixá-la. Emagrecera. Relatou que teve uma isquemia. Sua neta ouvia o relato com um semblante sério. Ela, sempre comunicativa, chegou com um olhar taciturno. Despedi-me de sua avó e Maria Luiza foi ler. Como jogava com Dário, não pude registrar seu encontro uma de nossas educadoras voluntárias. Minutos depois, somente ouvia aquela voz animada trocando ideias com a educadora.


A Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo é assim. Crianças leitoras vivem a trama daquele momento sem uma metodologia fixa. Melhor, apesar da importância de uma rotina e de um método, flexibilizamos a fim de acolher as crianças que escolheram existir numa praça em meio a livros e suas próprias histórias. A criança leitora também é autora de sua narrativa. Mais importante que a leitora é a criança que vive sua história.

Na tarde, junto com as crianças do projeto “Amigos do Livro e Outras Nuvens”, sentimos outros rufares de emoções. Exibimos o documentário sobre nosso projeto, produzido pelo Humanismo Caboclo, da série “Sonhos em ação: jovens que transformam”. “Foi lindo ver elas se reconhecendo no vídeo. Foi lindo ver Débora, ainda tão criança, falando emocionada sobre as tantas memórias desse registro”. Estas são palavras de Iara Patrícia, educadora do Outras Nuvens. Os olhares de deslumbramento das crianças jamais serão esquecidos.


Já defini nosso projeto como um campo de existir. E não se existe somente porque se pensa. Nós existimos, pois sentimos, interagimos, dialogamos, pensamos, contemplamos, emocionamo-nos, intuímos, fantasiamos... O cenário vivo de nossa biblioteca é um palco mágico onde existimos diferentemente a cada sábado.

 

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