Em junho de 2019, após três meses do início do projeto “Leitura é vida”, na escola prof. Lima Cordão, o professor William Feitosa, educador da unidade escolar e co-coordenador do projeto de promoção do ser humano a partir da leitura, passou a abrir a biblioteca da escola, nos horários do recreio, toda segunda-feira, para as crianças usufruírem de livros e revistas.

Ao ser perguntado sobre as razões que o levou a expandir as ações quinzenais (acontecem aos sábados) para toda segunda-feira, o professor William explica: “percebemos que a biblioteca não era ocupada pelas crianças nos momentos de recreio e elas tinham receio de entrar e ler um livro sem a presença de um professor”. E completa: “em suma, a biblioteca parecia subutilizada. O espaço não era para os alunos frequentarem com liberdade para leitura. Não se faz empréstimo [de livros] para as crianças”.

Toda segunda-feira, das 15 horas às 15:20, a biblioteca é aberta para as turmas de primeiro ao terceiro ano. Em seguida, de 15:30 às 15:50, fica disponível para as crianças do quarto ao quinto ano. “Elas utilizam do espaço para leituras e fazem isso com responsabilidade. Perguntam se no dia seguinte o espaço estará disponível para leitura”, completa o professor William. Logo, as crianças querem ler. E, se forem estimuladas, estarão continuamente nas bibliotecas das escolas para novos aprendizados e conquistas.
“No que elas relatam, está a melhora na leitura, principalmente na fluência. Mas podemos destacar que elas perceberam que podem ter outra opção no recreio: as leituras no espaço apropriado. Posso dizer que um ganho significativo para mim, que sou professor de alguns desses alunos/alunas, é o interesse que estão formando em ir à biblioteca e ler os seus livros”, arremata professor William Feitosa.

Assim, encerramos essa breve série de notícias sobre as ações do Humanismo Caboclo de promoção do interesse de crianças e adolescentes pela leitura. Além de ampliar a fluência, capacidade de análise e síntese, expressão, experiências com a leitura projetam crianças e adolescentes para outras possibilidades de vida, perspectivas e sonhos.
Por Luciano Melo
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