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Emoção, sensibilidade, esperança...

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Poderia começar este relato tentando falar como a Margella de 2016, ano que este documentário foi produzido, mas prefiro me ater a quem sou hoje, uma estudante do 8º período de Comunicação Social prestes a conseguir a habilitação em Jornalismo, mais do que isso, uma comunicadora social.

Quando “A fé, o caminho e a cruz” foi produzido, eu, juntamente com Joaquim, Maria Clara e Tarcísio estávamos a todo gás no curso, e não me levem a mal, não que tenhamos perdido esse pique, mas se você é universitário (a) deve saber que início de curso é bem diferente que a sua reta final. Entusiasmados com a ideia de viajarem para produzir um conteúdo jornalístico diferente, não pensamos duas vezes e fomos até Lagoa do Piauí, e de lá até Santa Cruz dos Milagres para acompanhar os romeiros no Encontro dos Santos.

Agora, em junho de 2019 quando parei a noite, depois de um dia cheio e não tão bom, resolvi escrever esse relato, e eis que seria a melhor parte do meu dia, quando eu assistiria novamente o documentário feito há três anos e choraria de emoção, por ter feito parte da produção, por ter vivido e ter aprendido tanto com os personagens que espero que você também venha a conhecer.

O caminho até Santa Cruz é longo. Durante o trajeto alguns dormem, outros rezam (Foto: Joaquim Cantanhêde)

Peço licença a meu colega de profissão e amigo na vida, Joaquim Cantanhêde para parafrasear uma mensagem sua que reflete muito no que aqui escrevo: “O passado sempre ensina alguma coisa, sempre que revisitado”. Talvez para você, caro (a) leitor que esteja se deparando com meu texto não entenda o motivo de eu ter usado as três palavras que abrem essa escrita, mas explico, é exatamente o que reflete em quem eu sou hoje e na experiência que esse documentário me proporcionou.

"A Margella de 2016 viveu tudo isso da melhor forma possível, e hoje em 2019 olha para trás e percebe que o que lhe fez escolher Comunicação Social foi o fascínio por contar histórias"

Conheci várias pessoas com histórias surpreendentes, dentre elas, o sr. Francisco Sampaio, que desde 1994 é motorista de ônibus e todo ano leva inúmeros romeiros para consagrarem a sua fé. Ele me recebeu com um sorriso no rosto e talvez nem saiba que anos depois o seu sorriso ainda causa em mim o que eu chamo de gratidão, por ter a oportunidade de ter conhecido um pouco de sua história.

Além de pessoas, vivi o que eu jamais imaginaria viver na vida, e o melhor, ao lado daqueles que foram e ainda são tão importantes na minha formação pessoal e profissional, meus colegas e amigos da profissão. Chegamos ainda de madrugada em Santa Cruz dos Milagres, a praça da cidade estava lotada de pessoas, famílias de todas as partes do Brasil, todos se ajeitavam como podiam, nós, os quatro dormimos no chão, olhando para o céu que estava estrelado e em um leve momento entre o sussurro das conversas do romeiros e dos meus colegas, deixei que uma lágrima caísse juntamente com um suspiro de saber que tinha feito a escolha certa, e que estava vivendo a vida jornalística como todo estudante ou profissional deveria viver: de forma humana.

Os ônibus servem de abrigo durante a parte mais quente do dia (Foto: Joaquim Cantanhêde)

O sol nascia e com ele a nossa jornada documental, nos dividimos em duplas, e saímos em busca de personagens, pautas, experiências. Uma delas, divertida, depois de passar a manhã toda com a mesma roupa, estava na hora de trocar a blusa, que estava suada, pedi para que o Joaquim vigiasse a porta do centro da Igreja, enquanto eu trocava de blusa, Maria estava comigo, e o meu amigo, vidrado na multidão de pessoas, esqueceu por um segundo, e um dos trabalhadores da Igreja abriu a porta, felizmente eu já estava vestida, sorrimos.

E fomos pegar mais takes, entramos na casa de pessoas, comemos lanches, conhecemos o mercado da região e vimos como a fé é o que move o caminho de tantos brasileiros, que assim como nós, estavam em busca de um caminho, de uma história, de uma jornada. Vi que estava tendo a incrível experiência de conhecer mais meus amigos, me surpreendi com a capacidade de percepção do Joaquim, com o jogo de cintura e o pique da Maria Clara em andar por horas e está no 220 volts e com a capacidade comunicacional do Tarcísio com os líderes da Igreja, tudo isso contribuiu para o resultado final desse trabalho.

A Margella de 2016 viveu tudo isso da melhor forma possível, e hoje em 2019 olha para trás e percebe que o que lhe fez escolher Comunicação Social foi o fascínio por contar histórias, mais do que isso, de em cada experiência tirar o lado social e entender que ser comunicador é estar em contato direto com o lado humano da sociedade. Espero que você também se deleite como eu me deleitei ao assistir novamente o documentário, e como meu amigo Tarcísio diz: “Paz e bem”, bom documentário! Assista na íntegra acima. Por Margella, Furtado, estudanto do 8º período do curso de Comunicação Social da Universidade Estadual do Piauí (Uespi)

 

Galeria

Fotos: Joaaquim Cantanhêde

 

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© 2019 por Humanismo Caboclo

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