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FESTA DA LITERATURA NAS PRAÇAS DE TERESINA

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Quando observo as crianças manuseando livros, fazendo escolhas sobre o que ler, lendo e escrevendo sobre o que pensam acerca das narrativas, lembro que não tive essas oportunidades quando criança. Fui descobrir o prazer de ler já adolescente. Certamente, eram outros tempos. Mas nossa disposição humana não se altera: a de viver mais e mais.

Um livro oferta outros campos do viver. Por meio do livro, toda leitora mergulha em novas rotas humanas. Circular por histórias é como degustar um fabuloso banquete. Recordo-me do filme “A festa de Babette” (1987), de Gabriel Axel. Assim como o cinema, a literatura convida-nos a apreciar o belo na vida. Não lemos somente histórias. Mas apreciamos um modo singular de perceber as minúcias da vida: de um olhar oblíquo de Capitu à eloquência da sentença “ser ou não ser”.


Essas crianças leitoras partilham de banquetes de vida a cada sábado. Um banquete bastante distante do que já me sugeriram para atrair mais crianças: “dê balas ou salgados”. Além de uma alimentação precária, a Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo não almeja números (por mais que nossas cadeiras vaziam sinalizem nosso convite sempre aberto). Nosso banquete é para uma vida plena.

“Tio, temos vergonha de alguém mangar [desdenhar] de nosso texto”. Como ouço com pesar tal frase no momento de partilha dos textos criados pelas crianças leitoras acerca dos livros que leram! Que educação competitiva estamos reproduzindo em nossas salas de aula que valoriza somente a expressão de um “certo”!? É certo plantar a intolerância e o desrespeito? É certo podar o desejo de expressar-se e aprender? É certo criar um ambiente de competição e desconforto?

Sempre me perguntam por que dedico meu sábado à Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo ...

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