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JOVENS E A CONSTRUÇÃO DE SABERES

  • Foto do escritor: Humanismo Caboclo
    Humanismo Caboclo
  • 5 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura


Na tarde de sexta-feira, 3 de maio, retomamos o projeto de extensão “Sociologia e Juventudes”, na Escola Família Agrícola Baixão dos Carlos, na zona rural de Teresina. 46 jovens do primeiro ano do Ensino Médio refletiram e dialogaram sobre a juventude do campo. O foco deste primeiro encontro foi conhecer esse grupo de jovens a partir da identificação de suas preocupações, interesses e pontos de vista. Com isso, é possível criar uma identificação entre educadores e educandos e criar elementos para o planejamento dos encontros seguintes. Estes acontecerão com uma periodicidade quinzenal.


A primeira atividade proposta foi uma apresentação dos participantes. Sugeriu-se que se dividissem em duplas e cada estudante redigisse um bilhete apresentando seu colega a partir de suas maiores qualidades. A ideia foi estimular a interação e a expressão de suas ideias e afetos. A educação proposta pelo Humanismo Caboclo estimula a vivência integral de educandos e educadores.

Em seguida, foi distribuído entre os jovens um quadro com algumas características da juventude camponesa brasileira. Este quadro é uma construção das pesquisadoras Alessandra Troian e BREITENBACH, Raquel Breitenbach, no artigo “Jovens e juventudes em estudos rurais do Brasil”. Foi feita uma apreciação geral pelos jovens e, em seguida, foram divididos em sete grupos com o seguinte desafio: que outros elementos nos caracterizam como jovens do campo?


O extensionista da Licenciatura em Ciências Sociais, Pablo Renan Soares Campelo, destacou que, com “a apresentação de cada grupo, eles interagem, mostram certos componentes das perspectivas rurais. Alguns são tímidos outros têm capacidades de comunicação maior nessas situações. Eles mostram muito a parte da tradição religiosa, celulares, direitos em prol do universo agrícola, festividades e as vestimentas na qual se contrapõem ao mundo moderno”.

Já o extensionista de Ciências Sociais João Francisco da Silva Cardoso compreende que “estar naquele momento com aqueles meninos me fez ver que numa sala de aula nem sempre o professor vai conseguir passar o conteúdo da maneira que ele planejou”. Os educandos propõem elementos novos além de expressarem o cansaço acumulado de uma longa semana. O ensino não é um simples exercício de “passar” informações, mas um processo de trocas e aprendizagens mútuas: “além de conhecer novas realidades e a mistura da tecnologia com o campo, ou a chegada da modernidade no mesmo. O campo de hoje não é mais aquele campo que a sociedade tanto estereotipa, e, fora tudo isso, me fez rever o porquê que eu quero voltar para uma sala de aula”.

Educadores e educandos trocam compreensões, exercitam a arte de pensar, relacionam-se e experimentam emoções. Não são meros estudantes; são seres integrais construindo aprendizagens. Este é o universo do projeto “Sociologia e Juventudes”: construir saberes e vivências que estimulem o desenvolvimento integral da(o)s jovens.

 
 
 

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