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Juventude camponesa e ensino da sociologia: caminhos possíveis trilhados na formação de professores

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Desde 11 de julho, o Humanismo Caboclo iniciou mais outro projeto educativo – a oficina “Sociologia e Jovens do Campo”. De lá para cá, já foram quatro encontros com a juventude que estuda na EFTUR (Escola Família Turismo), no bairro Socopo. Participam estudantes do segundo e terceiro anos do curso técnico em Turismo. A oficina objetiva discutir a realidade do campo com os estudantes e, a partir dessa problematização e consciência construídas coletivamente, incentivar a atuação social dos jovens mediante os problemas e potencialidades de suas comunidades.

Foto: Rangel Costa

Segundo os jovens extensionistas da licenciatura em Ciências Sociais, do campus Poeta Torquato Neto, da UESPI, essa experiência tem sido bastante valiosa. Yasmin da Paz, estudante do sexto bloco, explica: “enquanto estudante, idealizamos a prática docente a partir do que nos é ensinado na teoria, mas, a cada encontro da oficina me deparo com uma nova percepção sobre o que é ser professor, vivenciar a relação entre educandos e educador(a), e, principalmente, partilhar com colegas possibilidade identificar falhas e acertos que, às vezes, não percebemos quando estamos sós”.

Foto: Leudiane Lima

A estudante concludente do curso Leudiane Lima explica que “embora encontremos dificuldades, é possível sim despertar os nossos educandos para questionar, debater em conjunto a realidade vivenciada por eles”. Segundo a educadora em formação, “fazer parte da construção desse projeto é de grande importância para minha formação profissional pois instiga e aguça o meu olhar sociológico a fim de que eu possa contribuir de fato para a formação humana, política e social de meus educandos ao construir com os alunos da EFTUR um saber mais interpretativo, saber este que nos ajuda a construir novas práticas no nosso meio social”.


Neste sentido, Yasmin é categórica: “há maneiras diversas para auxiliarmos na construção do conhecimento deles, permite perceber que a realidade do estudante e do professor exterior ao campo educacional, interfere diretamente no processo de aprendizagem e que o uso dessa realidade é capaz de promover a compreensão do que queremos compartilhar”.

Foto: Leudiane Lima

Segundo Marcos Rangel Costa, também estudante concludente da licenciatura em Ciências Sociais, “educação é envolvimento. Ensinar é um processo de mão dupla entre educador e educandos, onde ambos aprendem um com o outro. É preciso se envolver com os sujeitos, com os educandos, com os alunos pra conhecer seus contextos sociais, compreender seus espaços”. Pois, segundo o educador em formação, “poderemos despertar nos educandos os sujeitos que são donos de suas próprias histórias, capazes de transformá-las. Educar é se transformar junto com eles”.


Essas são mais algumas das lições do Humanismo Caboclo. Um programa de extensão aberto, em contínua construção e que prima pela participação ativa de seus estudantes extensionistas. Seu compromisso é fortalecer a formação competente, ética e pautada em valores básicos de uma cidadania social. Por Luciano Melo

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