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LEITURA NA PRAÇA: DOAÇÕES DE VIDAS

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo


Contar histórias sobre as vivências da Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo. Este foi o propósito inicial desta série de crônicas: uma memória de nossas criações a partir de livros e encontros com crianças leitoras. Daí, além de textos, fotos que gravam rostos, registram nossas dinâmicas pedagógicas, demonstram como ocupamos as praças e personalizam as ações. Essas ideias me saltaram nessa manhã de domingo pois, ontem, mergulhado nas interações com as crianças, não fiz nenhum registro fotográfico do projeto “Amigos do Livro e Outras Nuvens”. A urgência de doar-me às crianças tomou toda a minha atenção.

Essas crônicas falam de doação. As crianças se entregam aos encontros semanais com uma vivacidade indescritível. As histórias doam tantas possibilidades de imaginação e saber. As educadoras oferecem disponibilidade para trocar e fomentar “outras nuvens”. Em praças de Teresina, reunimos pessoas que escolheram viver num tempo e espaço distintos – um espaço e tempo de movimentos e pulsões. Um tempo subjetivo que reflete alguns movimentos essenciais de cada uma (criança leitora, educadora, escritora); um espaço livre, reinventado a cada encontro, prenhe de potencialidades humanas.


As crônicas e suas fotos tentam apreender uma parte dessa celebração da vida que acontece aos sábados. Enaltecemos o “precioso” ou as “pérolas” que nos habitam. A insegurança de Sofia ao desenhar; a lucidez de Pâmela ao ler seu texto; a fantasia de Pietro imitando um macaco; o pai sisudo interpretado por Adão; a vontade efusiva de participar de Evelyn; as narrativas alegres de Maria Luíza sobre seu cotidiano; o temor de alguns em aparentar ridículo ao fazer teatro na roda de “amigos do livro”; a tristeza de Adriely ao relatar que um colega de escola rasgara seu caderno de leitora; a relutância das educadoras, apesar da fadiga acumulada ao longo da semana; a persistente contagem de páginas anterior ao fascínio da leitura...

Os livros são somente uma isca para celebrar a vida. Crianças leitoras, educadoras e autoras só desejam viver num tempo e espaço onde cada uma encontra seu eu autêntico e essencial. Sem perceber, cada uma de nós visita seus encantos, movimentos e contradições e faz circulá-las em meio a livros, risos, escritas, jogos, gestos, palavras lavras avras vras ras as s

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