O projeto “Leitura e descobertas do mundo”, parte do programa de extensão Humanismo Caboclo, abraçou mais um desafio na manhã do dia 5 de outubro. Demos início a mais uma ação de promoção de leitura e cidadania com crianças do bairro Angelim, na biblioteca comunitária “Ler É Preciso Bruno Soares”. Mais de trinta e cinco crianças compareceram a esse primeiro encontro que ofereceu uma fórmula simples: leitura – diálogo – expressão.

Muitas pessoas perguntam sobre a metodologia das ações do Humanismo Caboclo para promoção da leitura entre crianças e adolescentes. Como o nome do projeto sugere, ler é descobrir mundos: descobre-se mais sobre cada leitor (sonhos, interesses, visões de mundo, afetividade, ética etc.); exploram-se os mundos fascinantes das narrativas; desenvolvem-se as capacidades de ler, expressar-se e situar-se no mundo; fortalece o cidadão com ideias, argumentos e compromissos com um mundo justo e verdadeiramente democrático.

Todas as ações desenvolvidas com as crianças-leitores são voltadas para essas descobertas: de si, do mundo fantástico, das potencialidades cognitivas e do cidadão em construção. Não é à toa que essa nova ação educativa surgiu de outra ação do HC – “Juventudes e Sociologia”. Desde fevereiro de 2019, estudantes de Ciências Sociais da Uespi (campus Poeta Torquato Neto), sob a orientação do coordenador do HC, desenvolvem encontros formativos com jovens da igreja Batista do bairro Angelim.
O processo educativo “Juventudes e Sociologia” baseia-se na compreensão do jovem como ser social e que, por ações ou omissões, contribui com a construção da história de nossa sociedade (no bairro, na família, na escola, no município, em coletivos juvenis, nas suas vidas etc.). A ideia de abraçar a biblioteca comunitária foi construída nas rodas de conversa e discussões de temáticas (como cidadania, machismo, educação, racismo, Estado).

Esse é o maior sentido do Humanismo Caboclo: favorecer discussões sobre os indivíduos e seus contextos sociais a fim de animar atores comprometidos, de fato, com uma sociedade democrática e justa. Não se constrói um mundo justo sem a participação de atores conscientes, criativos, solidários e transformadores. Por Luciano Melo
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