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Foto do escritorHumanismo Caboclo

Ler e partilhar: vivências humanizadoras


Numa tarde amena na praça do Santa Sofia, em Teresina, sugerimos aos nossos leitores que escolhessem livremente os livros (sem nossas indicações): explorassem os livros e encontrassem aqueles com que se identificassem. Seja pelo título, autor, pelas gravuras, ou por afinidade momentânea. (PAUSA) Há muitos livros novos na biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo graças a muitas doações. Como é mágica a partilha! (PAUSA). A partilha devia ser algo prioritário na vida humana: não somente na família ou no relacionamento amoroso. Por essa razão, sempre estimulamos nossos leitores a compartilharem suas experiências com os livros. Dos livros acessam suas vidas e novas partilhas. Bonito observar cada um doando um pouco de si a fim de caminharmos com discernimento, senso de justiça e forte autoidentidade. Afinal, lemos para quê? (PAUSA).



Felipe confessou que teve dificuldades para concentrar-se quando se dispunha a ler o livro que levara para casa. (Ah, essa sinceridade das crianças! – PAUSA). É preciso ter mais estímulos para despertar o interesse pela leitura nas escolas. Acreditamos que deveria ser uma atividade diária levar crianças à biblioteca da escola. Como estudar e estimular aprendizagens sem competência leitora? Ciência, História, Matemática, Português, Geografia, sem dominar as camadas do ler? Para mergulhar na cultura letrada toda criança precisa ler bem e com gosto. (PAUSA).



Helen divertiu-se muito com a personagem Emília: “ela é muito engraçada!”. Ela levara para casa “Dom Quixote das Crianças”, da coleção Monteiro Lobato em Quadrinhos. Foi um motivo para indicar-lhe “Memórias de Emília” para empréstimo. (PAUSA). (As crianças que são mais assíduas conquistam o direito ao empréstimo de livros). Assim é nosso dia a dia: trocamos... exploramos... divertimo-nos... conhecemo-nos... humanizamo-nos... (PAUSA). Nesta mesma tarde acolhemos uma tia e sua sobrinha. Muito tímida, a tia sentou-se à mesa e acompanhou as vivências leitoras de sua sobrinha. Depois, chegaram uma mãe professora e sua filha. Logo depois, outra mãe, outra mãe... Num grupo animado partilhavam suas ideias sobre livros e sobre a vida. (PAUSA). Nessa biblioteca vivem-se de formas variadas diversas descobertas do mundo. (PAUSA)



Na manhã de sábado, na praça dos Orixás, na zona norte de Teresina, recebemos a visita de um avô e sua neta: “professor, minha neta disse que queria ler”. Que delícia uma nova leitora! (PAUSA). Depois chegaram Kauã e seu amigo João. Entocaram-se no interior do furgão: brincaram, leram, conversaram... E podem? Sim, pois todas essas práticas nos fazem mais confiantes, expressivos e autênticos. (PAUSA). No final, reunimos as três crianças para lhes narrar uma história. Não basta dizer: “não pode conversar!”. Precisamos envolvê-las com outros processos leitores para que suas memórias e emoções diante dos livros sejam estimulantes e gratificantes. Jamais como uma obrigação externa. (PAUSA).



Que alegria acolher as crianças do “Amigos do Livro e Outras Nuvens”. Depois do Natal, este foi nosso primeiro encontro. Veio a maioria das crianças e adolescentes. Uma de nossas leitoras trouxe um amigo para conhecer o projeto. Indagamos: podem explicar para nosso visitante o projeto? “Clube de leitura”! “Aprender a falar”! “Desenhar”. (PAUSA). Trilhar as inúmeras possibilidades da expressão humana: discutir questões, expressar sentimentos, exigir respeito, contar vivências, ouvir, discordar, concordar, propor novos caminhos, sonhar... Pela linguagem fazemo-nos humanos. Mulheres, homens, pessoas trans, todes se constroem e reconstroem-se continuamente. Navegar em meio à linguagem é potencializar o humano em cada um e na coletividade.



Na tarde do domingo, estacionamos nossa biblioteca móvel pela primeira vez na praça Simplício Mendes (praça do postinho como todos a conhecem), no bairro Tabuleta (zona sul de Teresina). Alguns transeuntes que passeavam pela praça indagaram sobre o que fazíamos. Sempre surpreende uma biblioteca numa praça! (PAUSA). Crianças tímidas, mas curiosas. E aqueles sorrisos generosos! Ah, crianças, luzes de espontaneidade e autenticidade! Lemos, conversamos, desenhamos. Algumas crianças em idade escolar nunca tinham ido à escola. O coração apertou... (PAUSA). Nossas estudantes extensionistas da Uespi acolheram uma adolescente que se encantou com nossa biblioteca. Um primeiro passo diante de uma fabulosa caminhada que se abre. Obrigado a todos que acreditam que ler transforma.









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