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LER NA PRAÇA – CAMPO DE MÚLTIPLAS SOCIABILIDADES

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Ah, essa biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo! Poderia ser chamada “Escola Amarela”, segundo Heloísa. Ou, “Leituras e Sociabilidades”. (PAUSA). Nessa sexta-feira, as avós do bairro Santa Sofia esbanjaram generosidade e delicadeza com as crianças: trouxeram sucos, pipoca, bolos, petas para nosso piquenique na praça. Ah, aqueles olhos de contentamento das crianças!!! Indescritíveis, inesquecíveis e arrebatados de uma vida criadora. (PAUSA). E as avós? Quanto orgulho e felicidade transpareciam aqueles olhares! Crianças incitam o que há de melhor no humano. (PAUSA).




João contou história. Artur inventou uma narrativa. Heloísa trouxe o boneco Chicó e fantasiamos outro conto infantil. Tudo era motivo para criar e divertir-se. Criança é extremamente criativa na exploração do universo da diversão: uma palavra, um gesto, uma cor, uma folha de papel, tudo se transforma ludicamente. (PAUSA). Infelizmente, com o passar do texto, nossa necessidade de brincar é encapsulada por normas inflexíveis e limitadoras. Aprisiona-se a força selvagem do criar. (PAUSA).



Essa turma da praça dos Orixás estava bastante animada. Parecia que muitas das forças da natureza resolveram encontrar-se naquele bosque urbano. Uns queriam desenhar, outras desejavam fazer bandeiras dos países que participam da copa de futebol, outros responder exercícios de língua portuguesa... E muita conversa! (PAUSA). São crianças. Estão experimentando a infinitude do viver. (PAUSA). Gosto de vê-las partilhando os lápis de cor, borrachas e tesouras. Bem diferente do momento de leitura em que uma criança falou que a outra não lia bem. Melhor: “não sabe ler”. (PAUSA). Cedo as crianças aprendem a competir. Só interessa se for a melhor num determinado campo de habilidades. E fruir cada habilidade? E trocar aprendizados? E favorecer o desenvolvimento peculiar a cada ser humano? (PAUSA). Estão sempre se comparando tendo em vista um padrão exterior de excelência. Descuidam de si e dos outros. Cegam-se diante de cada experiência. (PAUSA).

– Vamos ler esse livro?

– Tio, eu não sei ler!

– Tudo bem. Leia somente este período.

De um período chegou a ler o livro. (PAUSA). Paulo Freire dizia que educar é potencializar em cada pessoa o ser mais. Ser mais sensível. Mais justo. Mais sábio. Mais generoso. Mais empático. Mais humano. (PAUSA).



As tardes de Teresina estão mudando. Como estava agradável a temperatura na praça do Parque Wall Ferraz neste último sábado! E aqueles sorrisos das crianças que nos aguardavam! Por que perdemos este impulso delicado e generoso do riso? (PAUSA). Na roda de conversa dialogamos por que razões uma criança prefere ser grosseira ou autoritária quando brinca ou interage com outra criança? “Aprendeu na rua”; “precisa se defender!”. (PAUSA). Ah, mundo múltiplo e contraditório! Propomos improvisar pequenas esquetes onde exercitássemos outras posturas frente às agressividades aprendidas no mundo. No lugar de palavrões e empurrões, reagiram com silêncio e indiferença. (PAUSA).



Entre os “amigos do livro e outras nuvens”, propomos brincar com corte e colagem. Como é belo observar a concentração criativa entre crianças! Imaginam e fazem. Carros fabulosos. Casas acolhedoras e casas contemporâneas. Estrelas. Sol e nuvens. Atletas. Árvores repletas de frutos. (PAUSA). Sim, crianças sabem, de fato, o que são “outras nuvens”.

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