
Hoje ganhei uma carta do Kauã. Bem colorida! Uma carta de agradecimento. E um sorriso bobo e genuíno cresceu no meu rosto. Eu é que agradeço a todas as crianças por poder partilhar com elas vivências tão singulares e autênticas.
A Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo, definitivamente, não é uma biblioteca. Encontram-se livros para ler? Sim. Há empréstimos de livros? Sim. Possui cadeiras e mesas para leitura? Sim. Mas... (ou seria um “e”?) ... Espaço de diálogos... Encontro de reflexões (nada de reflexões distantes da vida) ... Campo de expressão da subjetividade de crianças com acolhimento e respeito... Oportunidade para aprender a ser mais...

Ao citar tantos predicados, não estou supervalorizando esse sujeito. Nesta oração interessam menos o sujeito e o predicado e valorizam-se mais os verbos, complementos e adjuntos. Buscamos agir com afetos, sabedoria, ética e interesse pedagógico libertador.
João Pedro confessou que estava triste e preocupado com a onda de assassinatos na Grande Codipi:
– Professor, que bom que conversamos sobre o que está acontecendo. Esses dias estava triste com tantas mortes.

Ah, a potência criadora de diálogos abertos, empáticos e sensatos! Talvez essa seja uma imagem para nossa biblioteca: um campo de diálogos abertos, empáticos, sensatos e sensíveis.
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