top of page
Buscar

LER A VIDA: ALEGRIA, SABEDORIA E OUTROS MUNDOS

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Quanta alegria observar que algumas crianças encontraram na nossa biblioteca um momento para ler e interagir! Como educador busco não julgar ou pesar o que é mais relevante: ler ou interagir? Ou se há momentos adequados para cada um. Numa praça, num final da tarde de uma sexta-feira, trocar ideias sobre suas vidas e ler é vital para essas crianças. Crianças reunidas entre livros é um campo para brotarem novas vivências.



Bonito observar que, no final de nosso encontro, as crianças trocam sugestões de que livro cada um pode tomar emprestado. Bonito observá-los em meio aos interesses literários. Sua identidade leitora, pulsante e humana, em movimento. Lembra-nos o quanto as escolas são importantes para a formação das identidades de nossos leitores. Para tanto, precisam disponibilizar o seu acervo de livros para empréstimos. Criar rodas de conversa sobre livros. Um mural com sugestões de leitura ou um site/blog. Promover concursos literários de prosa e poesia. Muitas possibilidades e um propósito: promover experiências leitoras entre crianças e adolescentes.



“Quanta alegria” ver um pai com sua filha na nossa biblioteca. Repito “quanta alegria” propositadamente. Nosso jardim de livros é campo para vivenciarmos alegrias e fantasias. A imagem de um(a) leitor(a) sisuda(o) com um livro é uma das possibilidades do vastidão do ler. Podemos ler e conversar. Ler e desenhar. Ler e rir. Ler e conversar com papai ou mamãe. Ler e inspirar brincadeiras e fantasias. Ler é humano, logo, plural e criativo.



Nos nossos encontros, pessoas leitoras e educador conversam muito sobre os contos lidos. Mas não somente. Criança precisa dialogar. Conversar sobre suas experiências. Pensar sobre tudo a sua volta. Aprender trocando com os livros, com a(o)s demais colegas, com a(o) educador(a). E desenhar também (como gostam de desenhar/criar/fantasiar!!!).



Com a turma do “Amigos do Livro e Outras Nuvens”, discutimos sobre o ler, a importância da biblioteca nas escolas e sobre a necessidade de projetos pedagógicos que explorem esse universo. Uma nuvem falou: “ler contribui a explorar outros mundos”. Outra nuvem replicou: “ler nos ensina a sabedoria”. Na nossa roda de conversa trocamos ideia sobre sabedoria e explorar mundos. Uma nuvem disse em meio a um sorriso orgulhoso: “conheci a biblioteca de minha escola e gostei muito de um livro”. A nuvem educadora replicou: “gostaríamos que nos relatasse na próxima semana suas explorações com esse livro”.



Na tarde de domingo, estivemos na praça do Postinho, no bairro Tabuleta, zona sul de Teresina. Nosso terceiro domingo nessa praça tão aprazível. Nenhuma criança veio visitar-nos. Somente eu e as extensionistas da Uespi. Lemos. Afinal, é uma biblioteca. E os pássaros?! A luz do final de tarde!? As brisas de fevereiro?! Por que desfrutamos tão pouco de nossas praças? A falta de segurança pública pode ser uma das explicações. Mas será que possuímos segurança em nós mesmos para simplesmente existir frente a uma porção pequena de natureza em meio a tanto asfalto e alvenaria?



No final da tarde, um casal veio visitar-nos com sua “pequena” no colo. A mãe já tinha trazido os sobrinhos e veio mostrar nossa biblioteca ao pai. Este gostou e prometeu trazer no próximo domingo as outras pequenas para explorarem a biblioteca “Leituras e Descobertas do Mundo”. Assim são nossas alegrias e experiências de uma biblioteca itinerante. Até breve!


 

Comments


RECEBA AS NOVIDADES

  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube

© 2019 por Humanismo Caboclo

bottom of page