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Foto do escritorHumanismo Caboclo

LER ESCULPE NOSSAS VIDAS

Essas praças nos convidam a explorar. E como criaturas humanas, potencialmente exploradoras, as praças são um parque de diversões e criações. Pelo menos, assim me sinto quando chego e estruturo a biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo. Descubro novas cores e sons na praça. Brisas. Fauna. Odores. A vida oculta aos olhos urbanizados. (PAUSA). Assim como ao ler um livro fazemos outras descobertas sobre o mundo, ao ocupar cada praça com um universo diverso de narrativas, exploramos outros sentidos para o viver. Praça e livros nos chamam a vibrar as cordas rijas do viver. (PAUSA). Teresina, “cidade verde”, vivamos com simplicidade de alma as potências de nossa natureza!



Cada livro é uma provocação para desconstruir momentaneamente (ou para sempre) sentidos engessados que aprisionam cada leitor em campos demarcados. Um leitor, nas apreciações de cada livro, esculpe sua vida com novos signos e impressões literárias. (PAUSA). Com as crianças do Santa Sofia exercitamos novos modos de ler: leitura a oito olhos. Como foi surpreendente! Cada um partilhava um olhar singular sobre cada fato da história. O livro se expandia em múltiplas visões. (PAUSA). Ríamos. Divergíamos. Compartilhávamos experiências de vida. Pensávamos. Representávamos os personagens da história. (PAUSA). “Tio, parece que o senhor entra na história!”. Nesta última sexta-feira todos nós entramos na história.



A tarde caía e mais crianças chegavam: o João e seu pai; um pai e suas duas meninas; uma avó e seus quatro netos (perdão, ainda não gravo todos os nomes). Mas jamais esqueço os semblantes e cada euforia. (PAUSA). Como é bom partilhar desses momentos únicos de cada criança a interagir consigo e com os livros! Cada encontro com esses grupos e crianças singulares é um mar de descobertas. O educador que sou vibra com pulsões humanas únicas. (PAUSA).

Para o grupo dos netos distribuí alguns livros: os mais velhos liam sozinhos; li para o mais novo. Na mesa das duas irmãs fizemos uma leitura dialógica: líamos e conversávamos. O João fazia parte do quarteto que lia conjuntamente. (PAUSA). Depois, todos desenharam. Interessante observar as criações próprias de cada criança. Totalmente absortas nas invenções gráficas daquilo que as encanta ou interessa. Simplesmente elas. (PAUSA).

Como nos são caras essas expressões simples do ser!

(PAUSA).

Ah, essas pequenas jornadas de viver com autenticidade!!!

(PAUSA).



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