Educar jovens inspirado pelos conhecimentos das Ciências Sociais é o ideal do projeto de extensão Sociologia e Juventudes. Uma nova turma foi formada neste último sábado (14 de março), no bairro Bom Jesus (zona norte de Teresina), na sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia. No encontro, além de trocar ideias e expectativas sobre a oficina, o grupo acertou que se encontrará duas vezes por mês (no primeiro e terceiro domingo do mês), entre 15:30 e 17h. O primeiro tema escolhido pelo grupo foi gênero e intolerância.
Por meio do apresentação de conceitos e pesquisas da Antropologia, Sociologia e Política, estudantes da licenciatura em Ciências Sociais da UESPI (campus Poeta Torquato Neto), orientados pelo coordenador do Humanismo Caboclo, estimulam discussões entre jovens sobre temáticas de seu cotidiano: senso comum, cidadania, intolerância, democracia, racismo, gênero, juventude etc. A ideia não é ensinar no sentido tradicional onde um professor fala e os estudantes reproduzem. A metodologia é construir diálogos entre todos a partir dos conhecimentos das Ciências Sociais, as experiências e saberes dos jovens e as questões construídas em meio à discussão.
Segundo a extensionista Maria Gabrielly Borges, da licenciatura em Ciências Sociais, essa metodologia “é pautada em rodas de conversa com intuito de compartilhar vivências e construir novas experiências, tendo como principal objetivo a construção e ampliação de saberes”.
Neste ano de 2020, novamente a oficina Sociologia e Juventudes acontece dentro de uma igreja cristã. Segundo a estudante extensionista Joyce Ravena Freitas Bastos (licenciatura em Ciências Sociais), “a proposta surgiu em um grupo de jovens que tinha como ideia principal o conhecimento do Evangelho. Então, sugeri o aprendizado da Sociologia como forma de conhecer a sociedade e a sua realidade como ator social, dialogando sobre as vivências como modo de ver outras perspectivas”.
O Humanismo Caboclo abraça esse desafio porque acredita que a construção de uma sociedade mais justa e tolerante passa, necessariamente, pela formação de pessoas aptas ao diálogo, à troca de saberes e ao exercício do respeito mútuo. Esses são pilares para a construção continuada de uma democracia inclusiva e justa.
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