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LER O ESSENCIAL QUE NOS CONSTITUI

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Ler em praça pública possibilita tantas coisas. Ler, dialogar com os amigos, interações entre pais e filhos (também entre irmãos), pensar, estar consigo, escrever (neste momento, estamos na Praça do Santa Sofia - um calor! - mas, a partir de janeiro, encontrar-nos-emos no domingo pela manhã). Encontrar-se consigo, seja pela leitura individual, seja pelo pai ou irmão que lê para a criança leitora.

Ao ler entramos em contato conosco mesmos por outros modos... Certamente, leitor(a), cada um de nós vive a leitura de maneira própria. Uns buscam informar-se; outros, poesia e intimidade; outras, desprender-se no encanto das fantasias; outres, estar num mundo pessoal e intransferível. Cada um constrói um mundo próprio de si mesmo. E quão necessário estar consigo! Ainda mais nos tempos digitais.

Mas, cada um vive estados de si com os livros. Viver-se em meio ao fantástico dos livros e de si. Ah, os mundos fascinantes de si! Há também aqueles das dores! Dos afetos! Do pensamento! Há tantos mundos de si que a literatura acaba por dialogar com essa multiplicidade de cada um. Percebe-se maior, estranha-se, indaga-se, reflete, sonha, rememora-se, aproxima-se de planos de si mesmo com uma delicadeza desconhecida...

Ah, esse mundo tão particular e espetacular de si! O eu simples. O eu em estado puro. A metaconsciência de si. O vale de suas emoções e sentimentos (ou o planalto solar?). O inóspito habitat de si que pulsa. O “coração selvagem” (Clarice Lispector perscrutou, de inúmeras formas, sempre, sobre a existência essencial). O silêncio interior. O tudo e o nada.

Por isso, lemos.

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© 2019 por Humanismo Caboclo

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