top of page
Buscar

AO LER TOCAMOS SUTILMENTE O INFINITO

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Ao ler descobrimos o quanto somos mais que acreditamos. Ao entrar em contato com outros humanos e seus mundos, entendemos que somos tão diversos e percorremos movimentos de vida incomensuráveis. Ao ler tocamos sutilmente o infinito que nos constitui. Na crônica anterior, perscrutamos a imaginação que se movimenta ao ler. A imaginação é parte da potência infinita que nos faz humanos.

Quando lemos movimentamos a chama infinita que nos projeta para o universo. Não somos aquilo que cremos e já nos definimos. Ao definir, limitamos inconsequentemente as nossas odisseias humanas. "Onde queres o sim e o não, talvez" já nos instigou Caetano Veloso.

Espíritos domesticados receiam a literatura pois ela nos recorda o quão somos mais (a domesticação humana estaria esvaziando nossas cadeiras da BLDM?). Mais do que lembrar, a literatura nos chama para os campos abertos e indecifráveis. A esfinge literária não almeja decifrar-nos, mas, convidar-nos ao grande banquete das existências.


Ao degustar a arte literária cada um de nós acolhe a si próprio em toda sua desmesurada beleza. O belo que nos fascina e impulsiona. O belo que nos acalma e inspira. O belo que nos faz sábios e justos. O belo que nos faz rir e chorar. O belo que nos incendeia e afaga. O belo que é luz e sombra... O belo... O belo... O belo...


コメント


bottom of page