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Da ideia ao papel: juventude que se comunica

Foto do escritor: Humanismo CabocloHumanismo Caboclo

Jornal Ideias de Jovens

No campo, o rádio e a televisão estão presentes. A internet, por sua vez, deverá percorrer um logo caminho para se firmar como instrumento de comunicação eficaz em boa parte das comunidades. A vida campesina, por outro lado, é feita de histórias, lutas e conquistas que não aparecem na telinha. Distante dos olhares da grande mídia elas acontecem e, se olhadas mais de perto, mostram o campo sob outra perspectiva.


“É importante que a juventude campesina desenvolva suas atividades para não ficarem reféns da mídia tradicional. Por meio delas podem contribuir para mudanças sociais e comunicacionais na própria comunidades”, pontua Maria Clara Morais, estudante de Comunicação Social e extensionista do Humanismo Caboclo, programa de extensão da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).


Para Emanuel Oliveira do Nascimento, Eric dos Santos Rodrigues, Messias Santos Sampaio, Jardenilson Cardoso Costa e Joaquim Sousa dos Santos, não é tempo de esperar, é “hora de fazer acontecer”, como bem sugeriu Geraldo Vandré na música “Pra não dizer que não falei das flores”. Eles fazem parte da Oficina de Comunicação Comunitária, desenvolvida pelo Humanismo Caboclo em parceria com a Escola Família de Turismo (EFTUR) e Fundação Padre Antônio Dante Civieiro (FUNACI).


São responsáveis pela criação do jornal “Ideias de Jovens”. Na primeira edição destacam avanços pontuais percebidos em suas comunidades. Por exemplo, a partir da reforma da igreja da comunidade Paiol Velho, munícipio de Miguel Alves (PI), refletem sobre a importância da unidade para a vida comunitária frente às demandas sociais. Destacam a importância do rádio como instrumento de fortalecimento das práticas de comunicação voltadas para o espaço comunitário. Já a mobilização dos moradores de Angico Branco (também do município de Miguel Alves) é destacada na matéria “A comunidade que luta pelos seus direitos”: mobilização que resultou na construção de um poço tubular. Os autores também refletem sobre o papel das famílias e costumes entre diferentes gerações.


O educador Luciano Melo os acompanha no desafio de se perceberem comunicadores comunitários. Segundo ele: “o jornal impresso é uma forma de garantir registros de suas ideias, histórias e reflexões. São jovens que optaram por estudar numa EFA que se baseia nos princípios da educação do campo: uma formação comprometida com a realização plena dos sujeitos do campo. O jornal é uma forma de colaborar com a construção de uma juventude comprometida com as transformações do campo”.


A oficina de Comunicação Comunitária, iniciada em março de 2019, trabalha juntamente com jovens estudantes da EFTUR ao menos três perspectivas comunicacionais: equipe de audiovisual (para os estudantes que optaram por mostrar suas comunidades através de vídeos); equipe de texto (desenvolve produções textuais diversas e para múltiplas finalidades, mas com foco para os jovens e suas comunidades); e, por fim, a equipe do jornal (produz conteúdos escritos e fotográficos que provoquem reflexões sobre as realidades apresentadas).


“Sensibilizar a juventude campesina através desta ação é fazer com que eles reconheçam que suas histórias são importantes para as futuras gerações e como podem servir de memória para o povoado”, arremata Maria Clara Morais. Por Joaquim Cantanhêde



 

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