OUVIR NOSSO CORAÇÃO
- Humanismo Caboclo
- 8 de abr.
- 1 min de leitura

Por que vir tão cedo? Que vontade é esta para nosso encontro?
Este tem sido nosso cotidiano nos encontros na Praça dos Orixás (bairro São Joaquim). Penso que criamos um campo de aconchego, alegrias e segurança. Estamos experimentando despertar nossos corações com suavidade e liberdade.
No grupo da tarde, na praça São Raimundo Nonato, Parque Wall Ferraz, Adão trouxe um pensamento que estimulou, em nossa roda de conversa, uma reflexão sobre vontade de autossuperação. Acreditar que podemos fazer diferente, que somos capazes.

Sophia, durante a manhã, abraçou sua resistência a desenhar. Sempre alegava que não sabia. Pedi que desenhasse a casa dos seus sonhos. E fez um prédio de apartamentos, uma garagem com uma moto e um carro, um jardim. Não pensou mais se sabia ou não desenhar. Parecia que havia escutado o pensamento que Maria Laura, à tarde, trouxe: em silêncio, ouvir seu coração.
(este texto transita entre as duas praças que a Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo ocupa aos sábados. Perdão, leitor(a)! Mas as ideias vieram assim).

A Maria Laura, da Praça dos Orixás, não se disse mais que não sabia escrever.
– Tio, o senhor pode me ajudar?
Ela me convidou a abraçar conjuntamente o desafio de escrever. Não lamentou tampouco desfez-se de suas capacidades. Apenas voltou-se para sua vontade sincera de escrever.
Creio que achei outra expressão para explicar a Biblioteca Leituras e Descobertas do Mundo – ouvir nosso coração. Calar todas aquelas vozes que nos impedem ou desacreditam de nós mesmos e, no silêncio, escutar nosso coração. E nesta escuta fluir nossas verdades e sentimentos autênticos.
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