UM LEITOR DE ALMA GENEROSA E CALMA
- Humanismo Caboclo
- 18 de abr.
- 1 min de leitura
Atualizado: há 6 dias

Maria Luíza escreveu um longo texto sobre o livro "Polvocão”, de Martin Mckenna. O interessante não é a extensão de palavras e períodos, mas o envolvimento com as ações da narrativa e as emoções das personagens. Lembrou de seu pet – um cão – e de sua morte por conta de um atropelamento. A leitora vai se envolvendo consigo e com a trama da história. Seu texto relata sua entrega e envolvimento.

Este é o convite para nossas crianças leitoras: entregar-se a narrativas e movimentar suas existências. Os livros reúnem matérias humanas: sonhos, ações, emoções, ideias... são espelhos de nós... são utopias... súplicas... poesias... Ao ler, encontram com toda a existência humana. Contemplam-se expressões da infinitude humana e alarga-se toda sua compreensão de si, do outro e do mundo.
A trilha de um leitor é aberta, sem regras, prazos ou controles. Apenas lê. Ler com a alma calma e generosa. Uma alma alargada pela generosidade de muitos encontros. A literatura não oferece respostas rápidas tampouco busca agradar uma alma aprisionada aos apelos fragmentados das redes sociais. A boa literatura promove encontros inusitados com o outro e entre o leitor e sua alma.

A literatura dialoga com uma alma movida por intuições genuínas. Por esta razão, torna-se tão envolvente e necessária. Uma necessidade de si. Uma necessidade do eu íntimo e selvagem. Uma necessidade de autêntico viver.
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